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Título: Avaliação do extrato etanólico de clusia fluminensis e sua formulação com adjuvantes: atividade larvicida em aedes aegypti, alterações morfohistológicas e toxicidade em mus musculus
Autor(es): SILVA, Lidiane Quérolin Macena da
Palavras-chave: mosquito; arboviroses; epidemia; larvicida; controle vetorial; composto bioativo
Data do documento: 26-Fev-2025
Editor: Universidade Federal de Pernambuco
Citação: SILVA, Lidiane Quérolin Macena da. Avaliação do extrato etanólico de clusia fluminensis e sua formulação com adjuvantes: atividade larvicida em aedes aegypti, alterações morfohistológicas e toxicidade em mus musculus. 2025. Dissertação (Mestrado em Bioquímica e Fisiologia) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2025.
Abstract: Aedes aegypti, principal vetor da dengue, zika e chikungunya, representa um grave problema de saúde pública em regiões tropicais devido à sua alta adaptação a ambientes urbanos e sua rápida reprodução em água limpa. O controle químico, ainda amplamente utilizado, tem se mostrado cada vez menos eficaz devido à crescente resistência dos mosquitos aos inseticidas sintéticos, além dos impactos ambientais e riscos à saúde humana associados ao seu uso. Este estudo avaliou a eficácia larvicida do extrato etanólico das folhas de Clusia fluminensis e os efeitos da formulação com adjuvantes na atividade biológica contra A. aegypti, além de testes toxicológicos em Mus musculus. As folhas foram coletadas, submetidas à extração etanólica por maceração dinâmica e, posteriormente, avaliadas quanto à atividade larvicida, alterações morfohistológicas, ação sobre enzimas digestivas e neurológicas. O ensaio toxicológico agudo em Mus musculus foi realizado com a separação de três grupos, sendo dois de tratamento com o extrato sob a dosagem de 5.000 e 2000 mg kg-1 , e o grupo controle isento do extrato. Também foi realizada análise fitoquímica para caracterização dos compostos presentes. A análise fitoquímica revelou a presença de compostos bioativos, como ácidos fenólicos, flavonoides (isoorientina e orientina) e benzofenonas preniladas, conhecidos por suas propriedades inseticidas, antioxidantes e de interferência em sistemas enzimáticos essenciais. Nos testes de mortalidade larval, o extrato etanólico alcançou uma taxa de mortalidade de 98.33% na concentração mais alta (7 mg mL-1 ) e 6.66% na menor concentração avaliada (0.22 mg mL-1 ) após 24 horas. Com a formulação contendo maltodextrina, dióxido de silício coloidal e Tween 80, a mortalidade foi mantida em 100% nas concentrações 7, 3,5 e 1,7 mg mL-1 e aumentou significativamente para 91.67% e 78.33% em 0.43 e 0.22 mg mL-1 , respectivamente, demonstrando que os adjuvantes potencializam a estabilidade e biodisponibilidade dos compostos ativos, tornando o extrato mais eficaz em doses reduzidas. As análises de atividade enzimática evidenciaram que o extrato inibiu a acetilcolinesterase (AChE) em 70.50% na CL50 (0,17 mg mL-1 ) e 67.82% na CL90 (2,34 mg mL-1 ), interferindo diretamente no sistema nervoso das larvas, comprometendo funções vitais como a coordenação motora. Para a tripsina, foi identificado um efeito aumentativo de 52.12% na CL50 e de 101.81% na CL90, sugerindo uma resposta adaptativa das larvas para tentar mitigar os efeitos tóxicos do extrato em concentrações mais elevadas. As análises morfohistológicas das larvas tratadas revelaram alterações significativas no epitélio do intestino médio, incluindo desorganização celular e vacuolização, indicando a ação tóxica do extrato sobre os tecidos digestivos. Ensaios pré-clínicos realizados em camundongos não evidenciaram toxicidade significativa em parâmetros hematológicos, bioquímicos ou histológicos, indicando segurança para aplicações práticas. Esses achados destacam o potencial do extrato etanólico de C. fluminensis como uma alternativa eficaz e sustentável para o controle do vetor, promovendo eficácia larvicida com menor impacto ambiental que os inseticidas químicos sintéticos. A combinação de eficácia biológica, segurança e impacto ambiental reduzido posiciona este extrato como uma estratégia promissora no manejo integrado de A. aegypti.
URI: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/64296
Aparece nas coleções:Dissertações de Mestrado - Bioquímica e Fisiologia

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